Achar alguém que não gosta de queijo é tarefa difícil. Independente do sabor, da origem, ou do preço, o fato é que o ingrediente fica bom com quase tudo. Derretido, em cubos, ralado, fatiado, na lasanha ou na pizza – ao contrário do que ditam as boas regras de alimentação saudável, quando se trata de queijo o bom mesmo é pecar pelo excesso.
O paladar do brasileiro
Segundo os especialistas ouvidos, a mozzarela ainda é o queijo mais consumido no Brasil, e um dos mais aceitos também em todo o mundo. “Os tipos mais comuns são a mozzarela fresca de búfala e também aquela que se usa nas pizzas. Acho que a influência da imigração italiana é o principal motivo da popularização deste queijo”, observa Alain.
Na opinião do especialista, a preferência não tem a ver com preço ou acesso, mas sim, ao aspecto cultural. “Geralmente, os queijos de cheiro forte não são atraentes pra o brasileiro, mas também é uma questão de acostumar o paladar. Na França, há tanta variedade de queijo que é possível comer um tipo diferente a cada dia do ano”, pontua.
Custo x benefício
Para os viciados em queijo, opções não faltam nas gôndolas dos supermercados. Mas como o “apego” a queijos mais comuns na mesa do brasileiro, como mozzarela, queijo prato e queijo branco, ainda é forte, algumas outras opções com preço parecido acabam passando desapercebido, observa Mireille. “Temos muitos queijos que são o mesmo preço da mozzarela, como o provolone, o maasdam”, recomenda a especialista.
Na opinião da consultora, alguns grupos de queijo vem crescendo muito no Brasil. “ Os queijos duros estão com os preços caindo porque estamos importando muito. Outra categoria que cresce muito é o queijo de cabra, que são ótimos pois são metabolizados muito mais rápido do que os queijos normais, além de ter um teor de gordura muito baixo. Alguns são mais caros, mas tem marcas mais acessíveis no mercado”.
Marcos Madeiro, gerente comercial Brasil da Allfood, indica, para quem quer experimentar novos sabores, o queijo Manchego. “É um queijo espanhol com um sabor muito diferenciado, mas que é pouco conhecido por aqui. Alguns queijos franceses, como o Brie de Meaux, Brie de Nangis, Coulommiers, Grand Mogol, Gratte Paille, são queijos que não são tão caros e possuem características únicas”, reforça.
Curiosidades
De acordo com o chef Alain, os dois queijos mais caros do mundo vêm de países frios. “O queijo de alce chega a custar, em média, US$ 1.000 por quilo. E tem um roquefort feito na Suécia, que nem é comercializado, é totalmente artesanal, de altíssima qualidade. Se fosse vendido, o quilo custaria cerca de 500 euros”, analisa.
Outra particularidade sobre queijo que o chef notou desde que chegou ao Brasil foi uma diferença expressiva entre o fondue feito por aqui e o que é produzido na França. Segundo o especialista, o brasileiro gosta da textura cremosa, e, por isso, usa muito amido de milho. O francês, ao contrário, só aprova um fondue se ele formar um fio. “Quanto mais fio fizer o fondue, mais elogiado ele é. Quer dizer que o queijo é de boa qualidade. E as crianças costumam brincar com o fio, ‘costurando’ com pedaços de pão”.
Estes especialistas falam dos principais queijos nacionais e internacionais, que podem ser encontrados nas prateleiras brasileiras em preços variados. Confira as principais características e combinações de cada um e tente escolher o que mais tem a ver com o seu paladar:
Fonte - http://alimentacaoforadolar.com.br/para-os-viciados-em-queijo
Foto - http://essaseoutras.xpg.uol.com.br/