14 de fevereiro. Dia de São Valentim. O santo que não é santo. Ou é? Sempre foi? Bom, dizem que houve um dia em que a Igreja Católica, digamos, o “destituiu” por falta de provas de que havia realizado milagres. Valentim, muito muito muito tempo atrás, foi um homem que se recusou a cumprir as ordens do imperador romano. O tal imperador havia proibido os casamentos, porque considerava que os solteiros eram melhores soldados.
Às escondidas, no entanto, Valentim seguiu unindo os apaixonados. Ao ser descoberto, foi preso. Enquanto esteve na cadeia, passou a receber bilhetes e flores dos jovens que lhe eram gratos por ser fiel ao amor.
Daí, veio o tal milagre nunca comprovado. Valentim teria se apaixonado pela filha de um carcereiro. Ela era cega. Mas… voltou a enxergar. E, dizem, graças ao amor de Valentim.
Resultado? O tal imperador, que se chamava Claudius, mandou decapitá-lo. No dia 14 de fevereiro de muito muito muito tempo atrás (no século 3), Valentim virou o mártir dos namorados. Por isso, a data é lembrada até hoje.
Não é à toa que o papa Francisco, de maneira inédita, vai receber hoje cerca de 20 mil casais de 28 países no Vaticano. A Igreja Católica retoma, assim, uma tradição mais pagã do que religiosa que sempre permaneceu preservada pelo imaginário popular.
Mais uma curiosidade: dizem que os restos mortais do santo que não é santo (ou é? sempre foi?) estão guardados, há mais ou menos 180 anos, em Dublin, na igreja de Nossa Senhora do Monte Carmelo (ou Nossa Senhora do Carmo). Aos poucos, a incrível história de Valentim vai sendo reconstruída.
E, nos últimos tempos, a tradição de comemorar o Dia dos Namorados também chegou aos países orientais e até à… Faixa de Gaza. Acreditem! Hoje em dia São Valentim amolece corações na China, na Índia, na Tailândia, nas Filipinas, na Indonésia, na Palestina, no Japão, no Vietnã e até no Paquistão!
Fonte-http://blogs.estadao.com.br/ Fábio Vendrame
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