Pato no tucupi
O mais famoso dos pratos paraenses é o pato no tucupi. A ave, um dos primeiros animais domesticados pelos índios, é presença certa na ceia servida de domingo durante o Círio de Nazaré. A receita, além do pato e do tucupi, tem também em seus ingredientes folhas de uma planta rasteira chamada jambu que, quando mastigadas, causam tremor e uma leve dormência nos lábios. Para aromatizar o prato, pede-se ainda algumas gotas de pimenta-de-cheiro.
Para preparar o pato no tucupi, a ave deve ser assada, cortada em pedaços, e fervida no tucupi temperado com alho, chicória e alfavaca até alcançar uma textura macia. Antes de servi-lo, folhas de jambu pré-cozidas, de preferência no vapor, são acrescentadas à panela. O acompanhamento para a receita varia entre um arroz branco e um pirão feito com tucupi e farinha de mandioca.
O tucupi
O tucupi é o sumo extraído da mandioca depois de ralada e prensada. O líquido de cor amarelada é venenoso quando cru. Para eliminá-lo, é preciso que o tucupi seja fervido por horas a fio. Um bom tucupi é avaliado pelo aroma dos temperos nele acrescidos. Se alguns preferem temperá-lo apenas com alfavaca, chicória e pimenta-de-cheiro, outros também juntam alho. Sua qualidade é incrementada quando fervido várias vezes, durante as quais são retirados os sedimentos e impurezas. Outro ponto a ser avaliado é o teor de acidez, que varia entre um tucupi e outro.
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