quinta-feira, 13 de setembro de 2012

13 de Setembro - Dia Nacional da Cachaça

...dia 13 de setembro, o Dia Nacional da Cachaça...

Vai uma branquinha aí? ... a bebida admirada mundialmente por seu sabor... 


O Brasil comemora ... dia 13 de setembro, o Dia Nacional da Cachaça. A data foi instituída pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados em outubro do ano passado, após aprovação do projeto de lei do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC). 
escolha da data tem explicação histórica. Em 13 de setembro de 1661, uma revolta popular contra a colônia portuguesa levou à legalização da cachaça, que era proibida até então. Tal episódio ficou conhecido como “Revolta da Cachaça”.
Entre os argumentos do autor do projeto, está a luta pelo reconhecimento da cachaça no mercado internacional como bebida exclusiva e genuinamente brasileira. Hoje, até um órgão dedicado a ela existe: trata-se do Instituto Brasileiro da Cachaça- IBRAC, fundado em 2006 e localizado em Brasília.
Só pode ser considerada cachaça a bebida produzida no Brasil e a partir de cana-de-açúcar. Feito isso, precisa ter graduação alcoólica entre 38º e 48º e pode ser dividida em dois tipos. A “branca”, é embalada logo após a produção e é mais rústica. Já a envelhecida passa, por determinações da legislação brasileira, no mínimo um ano em barris de madeira como cedro e jequitibá. Nesse processo, a bebida perde um pouco de álcool e assimila aromas, uma cor mais dourada e o sabor, suaviza. 
jb.com.br


Música

Você pensa que cachaça é água



Você pensa que cachaça é água

Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão

Pode me faltar tudo na vida
Arroz, feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não

Pode me faltar o amor
Isso que acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça.


A polêmica da marchinha da cachaça

marinosioPouca gente sabe, mas o autor da marchinha “Cachaça” (“Você Pensa que Cachaça é Água”), viveu boa parte de sua vida em Londrina no Paraná. A música, tocada há décadas em diversos bailes e desfiles de Carnaval, foi composta por Marinósio Trigueiros Filho. Baiano, natural de Salvador, Marinósio aportou em Londrina no início da década de 1940. Os herdeiros do compositor, que moram na cidade, acabam de ganhar, em segunda instância, uma ação por danos morais contra o Sistema Globo de Gravações Audiovisuais Ltda (Sigla), do qual a gravadora Som Livre é a mais conhecida.

Marinósio era um típico boêmio, que integrava um conjunto de música tocando em bares e boates da época. Viajava muito e, por conta dessas andanças pelo país, passou pelo Norte do Paraná, então em pleno desenvolvimento e expansão, e resolveu fincar raízes em Londrina. De acordo com uma das filhas de Marinósio, Dulcínie Moratore Trigueiros Rossetto, o pai compôs a música em Salvador, quando estava num botequim. “Ele começou a cantarolar e viu que dava samba. Então anotou a letra num guardanapo mesmo”, conta.


A letra, que versa sobre cachaça e água, pode ser uma referência ao próprio autor. “Meu pai era boêmio, gostava da noite. Na época ele tomava uísque”, diz Dulcínie. Já com a música pronta, Marinósio mudou-se para Londrina. Foi gravá-la, entretanto, somente em 1946. Com a banda, viajava muito, tocando em bares e boates no Brasil e também no exterior, principalmente na Argentina e Uruguai, onde gravou a música.

De volta ao Brasil, Marinósio se espantou quando ouviu, pela televisão, a execução da marchinha. “Um belo dia de 1953, escutou a música, com alguma alteração na letra, no Carnaval do Rio de Janeiro. Na quarta-feira de cinzas ele pegou um avião e foi parar na União Brasileira de Compositores (UBC), que cuida dos direitos autorais”, conta a filha. Na época, o presidente era o sambista Ataulfo Alves de Sousa. “Eles conversaram e houve um acordo. Meu pai comprovou que a autoria era dele”, diz Dulcínie. Segundo ela, Marinósio levou o disco gravado no Uruguai alguns anos antes, que a família conserva até hoje.

Entretanto, mesmo assim a autoria foi dividida entre quatro compositores: Marinósio, que ficou com 40%, e outros três, cada um com 20%: Lúcio de Castro, He­­ber Lobato e Mirabeau Pinheiro.

“A música fez sucesso e, já que tinham trocado uma linha para melhor, ele concordou em dividir”, diz a filha. Morto em 1990, Marinósio não teve outras composições de sucesso, já que dedicava bastante tempo para tocar com um grupo em bares e boates. Mas em 2007, a família resolveu comprar o CD com a marchinha dele, para guardar no acervo. “Qual não foi a surpresa ao ver que não constava o nome do meu pai”, lembra Dulcínie.

Antes de ir à Justiça, a família tentou negociar com a gravadora, que concordou em pagar os direitos autorais, mas não teria registrado uma errata, dando o crédito da autoria a Marinósio. Foi então que a família resolveu entrar com uma ação, protocolada em 2007, em que pediam danos morais pela omissão do nome de Marinósio na autoria da marchinha, gravada em no CD Bonde das Marchinhas.

STJ

O Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná confirmou a sentença da 5ª Vara Cível de Londrina que condenou a Globo Comunicação e Participações S.A. a pagar R$ 20 mil a cada um dos sete herdeiros de Marinósio Trigueiros Filho, autor da marchinha “Cachaça”, e que não teve a autoria incluída no CD Bonde das Marchinhas, lançado em 2007. “Os herdeiros foram atrás para ver a questão dos direitos”, afirma o advogado Carlos Levy, que defende a família.

Levy explicou que há duas formas de se remunerar o autor – ou herdeiros – de uma música gravada em CD. “O primeiro é o pagamento de direitos autorais pela reprodução fonográfica. A outra é o direito do autor de ver o nome dele aparecer, como sendo a autoria reconhecida”, diz.
brasilcultura.com.br

No dia 13 de setembro é comemorado o Dia da Cachaça. A comemoração é recente, desde 2010, quando foi aprovado o projeto de lei do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC). O objetivo é lutar pelo reconhecimento da cachaça no mercado internacional como bebida exclusiva e genuinamente brasileira. A data foi escolhida em homenagem à “Revolta da Cachaça”, que aconteceu em 13 de setembro de 1661. Foi uma manifestação popular contra a colônia portuguesa, que resultou na legalização da bebida, antes proibida.
Um acordo assinado entre o Brasil e os Estados Unidos, em abril de 2012, reconheceu a cachaça como “bebida tipicamente brasileira”. Ao invés de vir no rótuloBrazilian Rum virá Cachaça do Brasil.Segundo César Rosa, presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), a medida deve elevar o potencial de comercialização da bebida nos EUA, dos atuais 700 mil litros para 30 milhões de litros por ano, um volume quase 43 vezes maior, em um período de cinco anos.  O reconhecimento da cachaça como produto exclusivo do Brasil era algo pelo qual o governo brasileiro e produtores trabalhavam há 40 anos. Com a proximidade das Olimpíadas e da Copa esse reconhecimento só corrobora para a valorização do produto no exterior.
No Brasil, os estudos sobre bebidas alcoólicas fizeram parte das obras de alguns dos chamados grandes “intérpretes do Brasil”. A cachaça como emblema de bebida nacional foi estudada por Luiz da Câmara Cascudo e Gilberto Freyre, em seus múltiplos significados.
Cascudo escreveu o Prelúdio da Cachaça, onde reuniu um conjunto amplo de referências históricas, etnográficas e folclóricas sobre a bebida que se tornou simbolo da nacionalidade, festejada nos brindes patrióticos em oposição ao vinho ou as aguardentes européias.
Um dos estudos históricos recentes intitulado Cachaça: alquimia brasileira, de Luiz Felipe de Alencastro, enfatiza a importância cultural da aguardente na tradição das festas e outras comemorações populares. Além do enorme significado econômico desse gênero na economia colonial e imperial. Hoje, a bebida é também tema de livros de forma mais literária, jornalística ou de ficção. Seja no bar, no restaurante ou na literatura, a cachaça amplia tem lugar cativo na cultura brasileira. Viva a bebida nacional!
malaguetanews.com.br



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