quarta-feira, 6 de junho de 2012

Jambo-vermelho, jambo-branco, jambo-bravo, jambo-rosa ou jambo-amarelo.


... delicias vindas para o Brasil da Índia e de algumas ilhas da Malásia.
Jambo amarelo
Os jambeiros são belíssimas árvores. Embora não sejam originárias da América, aclimataram-se tão bem às condições do trópico americano que parecem nativas da terra. Nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil é raro um pomar sem pelo menos um jambeiro. E ninguém se pergunta se ela é do lugar ou se veio de longe.
Embora todos eles tenham o mesmo nome - jambo não se trata de variedades de uma mesma fruta. Seu parentesco é talvez o mesmo parentesco que existe entre a jabuticaba e a pitanga, também Mirtáceas como todos os jambos.

O mais conhecido dentre eles, o jambo-vermelho... 

... o jambo-vermelho..., nasce em árvores grandes, de folhas também grandes, cuja copa tem uma forma piramidal. Esse jambeiro, extremamente ornamental, oferece, ao mesmo tempo, beleza, boa sombra e doces frutos aos felizardos que dela souberam e puderam dispor.

Suas muitas flores, lindas e coloridas de púrpura, rosa e lilás, quando caem formam sob as árvores um "tapete purpúreo de belo efeito", de acordo com a perfeita descrição de Pio Corrêa.
Os frutos, vermelhos por fora e alvos por dentro, têm um sabor doce que lembra o das peras, porém acrescido de um perfume forte de flor. A casca é fina e a polpa, pouco suculenta, é consistente, obrigando a umas boas dentadas quem quiser prová-la.
Com o fruto do jambeiro-vermelho faz-se um especial e delicioso doce em compota: os jambos descascados, mas não completamente, são partidos ao meio; os frutos são apenas aferventados e, depois, colocados para cozinhar em calda de açúcar fervente. O resultado, além de bom, é um doce lindo, cor-de-rosa, da cor do doce de pêssego. Quem ensina é Dona Chloé Loureiro.

O jambo-rosa também conhecido como jambo-amarelo (Eugenia jambos), nasce em árvores de menor tamanho que o jambo-vermelho. Suas folhas são também menores e mais afiladas. A floração é abundante: as flores, brancas, grandes porém delicadas, cobrem toda a copa da árvore para depois caírem em um bonito espetáculo
O fruto é menor, muito mais parecido, externamente, com o araçá do que com o fruto do jambo-vermelho. Por fora, sua cor é também mais clara do que o outro, variando entre os matizes de rosa e de amarelo; nas palavras de Pio Corrêa, sua cor pode ser "amarelo-rósea ou róseo-branca ou arroxeada".
A consistência farinácea de sua polpa lembra a de uma maçã com pouco suco, e é semelhante à do jambo-vermelho. O sabor é mais suave, rescendendo ao perfume das rosas - de onde provem o seu nome.

O jambeiro-branco (Eugenia aquea) é o mais interessante e exótico entre todos os demais jambeiros. Seus frutos, que se assemelham, pela aparência e formato, mais com o jambo- rosa do que com o vermelho, apresentam, externamente, uma coloração branca, pálida, bastante rara na natureza.
Pio Corrêa, ao descrevê-los diz, que tais frutos "são muito belos, parecendo feitos de porcelana ou parafina". Apesar de terem um sabor menos forte e menos pronunciado do que os outros jambos, por sua beleza e raridade o jambo-branco tem muitos admiradores.
História da Alimentação do Brasil
Camara Cascuro
Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br


Um comentário:

  1. Agora mesmo eu estava lendo sobre Syzygium jambos e consta uma informação no texto que me deixou curioso, consta lá que as sementes do jambo amarelo são muito venenosas.

    Cara, que negócio doido, ainda bem que não mordi as sementes.

    A informação mais relevante é que uma quantidade desconhecida de ácido cianídrico foi encontrada nas raízes, caules e folhas. Além disso, um alcalóide, a jambosina, foi encontrado na casca da árvore e nas raízes, e as raízes são consideradas venenosas.

    Alguém sabe me informar se essa informação procede? Se alguém puder me ajudar com isso, ficarei muito grato.

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