O título original é "The Mistress of Spices", nome do livro que baseou o filme, (em português o livro chama-se a "A Senhora das Especiarias" e seria bem melhor terem mantido esse em vez do título água com açúcar) que já diz muito sobre a protagonista, uma indiana chamada Tilo que mora nos Estados Unidos. Ela tem o dom de adivinhar qual especiaria a pessoa precisa e o que isso pode fazer por ela. Assim, Tilo dedica sua vida a pequena loja onde vende seus produtos e faz seus feitiços, servindo como uma consultora não só para a sua comunidade, mas também para outras pessoas que precisam de ajuda. Assim ela conhece Doug, um arquiteto norte-americano por quem acaba se apaixonando. É a partir daí que começa todo o problema de Tilo em conciliar sua relação com ele e seu ofício com as especiarias, que sentem-se rejeitadas quando a moça abre espaço para um novo foco em sua vida.
Mesmo assim, acho que o filme vale por mostrar o trabalho dela com as ervas, que vai do cultivo a venda, a forma como ela respeita e entende o trato de cada um das plantas e como ela percebe as mensagens que as especiarias estão passando. É mais um filme sobre o papel da bruxa como mulher que atua junto da comunidade, ajudando e fazendo curas, por meio de dons tidos como sobrenaturais. Tomando por uma outra leitura, podemos interpretar que ele fala da adaptação dos imigrantes indianos nos Estados Unidos, onde eles se deparam com uma nova cultura, com hábitos e costumes completamente diferentes. Com isso, a história nos fala em manter raízes e tradições, porque é isso que traz uma boa parte da identidade individual. Além disso, o filme tem uma bela fotografia e uma produção visual de roupas e cenários muito cuidadosa.A loja, como mostrada na foto acima, é lindamente decorada. Uma boa pedida também para quem tem certa afinidade com a Índia e com as tradições orientais.
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
O Sabor da Magia
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