terça-feira, 24 de abril de 2012

Pimenta do reino


A pimenta-do- reino é parceira do sal no mundo ocidental faz séculos. Ela confere seu próprio sabor aos pratos e também acentua o gosto de outros ingredientes. Ela, além de interessante, estimula o apetite e nos dá uma sensação gentil de calor.  No uso de qualquer especiaria o ideal é adquiri-la inteira. Tudo o que já vem moído pode incluir ingredientes desnecessários e maléficos à saúde. É comum o uso de conservantes, colorantes e matérias primas  já velhas. A pimenta-do- reino não é exceção e é sempre melhor compra-la inteira e depois moer só na hora do uso.


Colheita de pimenta-do-reino na Índia


Nascida na Índia, berço de tantas especiarias, a pimenta-do-reino alçou voo, agradou gregos e troianos e é a especiaria mais apreciada e comercializada do mundo. De vegetarianos a receitas para emagrecer, passando por apreciadores de doces e salgados ou secos e molhados, conquistando a simpatia de grandes chefs, a pimenta-do-reino está presente desde casas modestas até os restaurantes mais sofisticados do planeta. Seu nome científico é Piper Nigrum, usada em larga escala como condimento, em indústrias de carnes e conservas, e como remédio fitoterápico. Felizmente é plantada no Brasil, que recentemente atingiu a cifra de 50 mil toneladas por ano. Claro que  não consumimos tanta pimenta-do-reino, fato que enriquece cofres federais com a exportação da especiaria para os Estados Unidos, Holanda, Argentina, Alemanha, Espanha, México e França.  No Brasil, o consumo não ultrapassa 10% desta produção, por enquanto!
Importância sócio-enconômica.
A pimenta-do-reino é uma das principais pautas de exportação do Pará. Forte geradora de renda para famílias rurais, emprega 50 mil pessoas no período de safra. Atualmente  é cultivada em mais de 100 municípios de vários estados: Pará, Espírito Santo, Bahia, Maranhão, Ceará, Paraíba e Amapá. Benefícios.
Saúde
A pimenta-do-reino possui uma substância que se chama piperina. Um nome que não devemos esquecer. A piperina  provoca a liberação de endorfina – verdadeira  morfina interna , analgésico natural extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica! O mecanismo é simples: Assim que você ingere um alimento apimentado, a piperina ativa  receptores sensíveis na língua e na boca. Eles  transmitem ao cérebro uma mensagem primitiva e genérica, de que a sua boca estaria pegando fogo. Tal informação, gera, imediatamente, uma resposta do cérebro no sentido de salvá-lo desse fogo. Embora a pimenta não tenha provocado nenhum dano físico real, seu cérebro, enganado pela informação que sua boca estava pegando fogo, inicia, de pronto, a fabricação de endorfinas, que permanecem um bom tempo no seu organismo, provocando uma sensação de bem-estar. Quanto mais ardida a pimenta, mais endorfina é produzida! E quanto mais endorfina, menos enxaqueca.  Fitoterautas  indicam que a piperina é um alcaloide extraído das suas sementes, um estimulante natural que intervêm na absorção de selênio, vitamina B, betacaroteno e auxilia na digestão. Estudos recente atestam que a piperina tem um grande poder de ação antioxidante e antienvelhecimento.
Quem pensa ainda que a pimenta-do-reino deve ser evitada pelo seu ardido, pois provoca gastrite, úlcera, pressão alta e é terrível para a hemorroida, pode tratar de mudar o seu conceito. Além de ótimo tempero, ela contém uma série de medicamentos naturais, tais como: analgésico, anti-inflamatório, xarope, vitaminas, propriedades estas que os homens primitivos já haviam descoberto e que hoje são comprovadas pela ciência.
IMPORTANTE: pessoas com gastrite, úlcera e hemorroidas devem consumir a especiaria com muita parcimônia. Tendo reação adversa, procurar sempre um especialista.
DICA . Quando comemos um prato muito ardido, a primeira ideia que vem à mente é tomar um copo d’água. É errado. Pode não parecer, mas a água acentua a sensação de dor. O melhor são os derivados do leite, porque possuem caseína, uma substância que retira a piperina dos receptores nervosos localizados na boca. Por isso, alguns pratos da culinária indiana são acompanhados de molho de iogurte (conforme relatei em minha viagem à Índia, registrada nas matérias publicadas em  A Nova Rota das Especiarias). Na Tailândia eles usam o açúcar para aliviar o ardor. Basta uma colher de chá .
armazemdasespeciarias.com.br

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